Esse jeito "novo" de documentar nosso "Admirável Mundo" foi essencial pra não depararmos de cara com o que viria.
As animacões criadas para o filme são tão densas, hipnóticas e sensoriais que não nos desvia do sentimento real de toda a coisa: Guerra. Seja ela dos campos ou a travada interiormente pelo nosso protagonista "animado".
Partindo do princípio que o diretor realmente esteve lá, não deixa de ser um filme muito corajoso, no tocante ao assunto e na condução, com seu "timing" justo e certeiro.
Como em qualquer batalha, muitas vidas foram ceifadas inutilmente, covardemente, injustamente, nos deixando aqueles últimos "frames" agonizantes. Não entrarei em maiores detalhes, Vá assitir!
Mas se repararmos bem, a animação já nos dava indícios de tudo isso, com uma lente mais bonita de se ver a crueldade, se é que é possível. Certas interrupções alucinóginas ali, um desvio pro mesmo lugar, acolá. A ferida já estava exposta.
Bela Obra.
"A Falange Cristã libanesa foi responsável pelos massacres ocorridos nos campos de refugiados árabes de Sabra e Shatila, em 16 e 17 de setembro de 1982. As tropas israelenses permitiram que a milícia cristã entrasse nos campos para expulsar células terroristas que acreditava-se estarem lá. Estimava-se que haveria em torno de 200 homens armados nos bunkers da OLP construídos durante a ocupação.
Quando soldados israelenses ordenaram que a Falange Cristã deixasse os campos, eles encontraram muitos mortos de diversas nacionalidades árabes, incluindo crianças e mulheres (460 de acordo com a polícia libanesa e 700-800 de acordo com o exército israelense).
A matança foi realizada para vingar o assassinato do presidente libanês Bashir Gemayel e 25 seguidores seus, mortos num ataque a bomba, na mesma semana. Israel declarou-se indiretamente responsável pelas mortes por não ter previsto a possibilidade de violência por parte da Falange. O general Raful Eitan, Chefe de Staff do exército foi demitido e o ministro da defesa Ariel Sharon (futuro primeiro-ministro) demitiu-se."
http://www.jewishvirtuallibrary.org/jsource/History/Lebanon_War.html
Não creio que o fanatismo religioso seja um caminho a ser tomado para se chegar a qualquer lugar bom, ou melhor, necessário para a humanidade. Geralmente quem o faz, não pensa no próximo e sim se acha o "Povo Escolhido", ou os Descobridores, logo, senhores daquelas terras. Qualquer que seja a desculpa será sempre em detrimento a outra nação, cor ou bandeira.
Força aos da Palestina!
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